sexta-feira, dezembro 12

Importante saber!

“Um título internacional até então inédito entre cidades brasileiras, e conquistado em dezembro por Florianópolis, deverá manter a capital catarinense bem viva sob os holofotes aos olhos do mundo: o município acaba de entrar para a rede de cidades criativas da Unesco na categoria gastronomia.

O reconhecimento é fruto de mais de cinco anos de trabalho das entidades representativas de diversos setores, desde associações até órgãos municipais e instituições educativas, que se uniram no projeto de oficializar não só a culinária, mas toda a cultura gastronômica de Florianópolis – que envolve da maricultura ao produto final oferecido pelos restaurantes – como referência global”.

                                  - Diário Catarinense

sexta-feira, dezembro 5

Miyoshi #2


Preparo do sushi

Rosana Velasco Friedrich, é a gerente de marketing do restaurante japonês Miyoshi há mais de nove anos. Antes de fazer parte da equipe, quando ainda era cliente, ela própria foi a primeira a ter o cartão de fidelidade, que começou em 2003. "Ainda como bastante no restaurante, o tradicional gosto do sushi daqui não tem comparação. Eu descobri há poucos anos que o molho utilizado no arroz é próprio da família do dono, que é japonesa mesmo. Isso já faz toda diferença".






O restaurante é conhecido por diversificar dezenas de sabores de sushi, incluindo opções doces. No cardápio também entram pratos quentes tradicionais do Oriente, como o yakisoba. "Com os anos, o Miyoshi precisou modificar a gastronomia oriental de verdade para agradar o paladar do brasileiro, que é o nosso público. Lá no Japão não colocam cream cheese em tudo, como aqui gostam de fazer. Lá não tem o hot, com o peixe meio grelhado, é só sashimi puro, o tempo todo", exclama Rosana.

Pratos quentes



Opções doces

Uma das maiores atrações da loja da SC 401 é o mezanino que contém cinco tatamis, piso tradicional japonês, onde se come em um ambiente especial para até dez convidados. O carro chefe do restaurante é o buffet livre, que faz o maior sucesso por não ter limite de peças. O mais pedido é o Filadélfia (cream cheese, salmão cru, alga marinha e arroz). "Todo o alimento utilizado aqui é fresco, mas temos resposta padrão para cliente que não conhece os hábitos orientais".

Filadélfia à direita

"O dono é um visionário, sempre sabe o que funciona e o que não funciona, a família inteira dele virou empreendedora de restaurantes do Brasil. O Miyoshi é apenas um fruto desse dom vindo dos japoneses", garante Rosana.

Horário de funcionamento: De domingo a quinta, das 18h00 às 23h00. Sexta e sábado, das 18h00 às 23h30. Almoço, diariamente, das 11h00 às 14h30.
Telefones: 048 3238 6666 / 048 3238 0562

segunda-feira, dezembro 1

Miyoshi #1

Entrada do restaurante na SC 401

O Miyoshi é o primeiro restaurante japonês de Florianópolis aberto e ainda em atividade. Inovador desde o início, o lugar foi o primeiro de Santa Catarina a incluir no cardápio sushis e sashimis. O sucesso foi imediato, e logo, a cozinha típica japonesa caiu no gosto dos catarinenses. Tudo começou em 1979, em Porto Velho (Rondônia), onde a família do dono - que prefere não se identificar, começou a fazer parte da culinária estrangeira no Brasil. Japoneses, vindo de Tóquio, vieram para o Norte do país atrás de uma qualidade de vida melhor, chegando em Florianópolis em 1992. O restaurante abriu a matriz nesse mesmo ano, na SC 401. Todos da família cozinhavam muitos pratos tradicionais, e a cultura nunca foi esquecida, "então não tinha como dar errado", explica Rosana Velasco Friedrich, gerente de marketing do Miyoshi há mais de nove anos.

Detalhes da cultura japonesa no Miyoshi da SC 401
 

O nome do restaurante era Oriente nos primeiros dias de vida, mas a mãe do dono sugeriu a mudança para Miyoshi. "Ela sempre disse que o ideograma dessa palavra pede que você imagine três coisas boas e positivas", algo de bastante efeito para o negócio, que cresce cada vez mais no Brasil. Os pratos do restaurante conquistaram Florianópolis e logo surgiu a necessidade de abrir mais lojas: o Miyoshi da Avenida Beiramar Norte (1995), o da Lagoa da Conceição (1998) e do Kobrasol (2003).

Preparação dos sushis


Em 2013, o Miyoshi da SC 401 foi fechado e aberto na mesma rodovia, porém com outro estilo: voltado para o público mais jovem. Hoje o restaurante está presente também em Balneário Camboriú, Itajaí, Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul, Criciúma, Lages e Curitiba (Paraná). O Miyoshi conta com quiosques espalhados em supermercados no Sul do país inteiro, servindo em bandejas os sushis e temakis feitos na hora por sushimen especializados. O Miyoshi Express ainda é oferecido em praças de alimentação no Acre e na Rondônia.

Horário de funcionamento: De domingo a quinta, das 18h00 às 23h00. Sexta e sábado, das 18h00 às 23h30. Almoço, diariamente, das 11h00 às 14h30.
Telefones: 048 3238 6666 / 048 3238 0562

sexta-feira, novembro 14

Ostradamus #2

Quando Jaime José de Barcelos começou os trabalhos como idealizador, dono e chef do famoso Ostradamus, restaurante de 16 anos, localizado no Ribeirão da Ilha, veio na primeira fatura do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento a seguinte frase: "Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito", de Aristóteles. "Eu guardo essa frase tanto para minha vida profissional quanto pessoal", lembra Jaime.

"A necessidade cria vocação, eu só fiz o lógico: eliminei todos os problemas para alcançar o sucesso", explica. Além de contar com esforço e perfeccionismo, Jaime sempre tratou todos com muita simpatia. Ao ser questionado sobre plano B, é categórico: "Não havia plano B, por isso deu certo. Eu não tinha nada a perder indo atrás do meu sonho, fui lá e fiz". A comunidade antiga do local era um dos desafios a serem vencidos. "Eles reclamavam muito do movimento repentino, diziam que meu restaurante havia tirado o sossego deles. Fizeram até um abaixo assinado, dificultavam, boicotavam e criavam milhares de dificuldades para o público não vir até aqui. Mas tudo melhorou quando comprei um terreno baldio e coloquei um estacionamento exclusivo para clientes, pois até placas de proibido estacionar eles colocavam perto dos carros".

Superadas as dificuldades iniciais com os vizinhos, Jaime passou a ter outra preocupação: a conscientização com os produtos utilizados no restaurante. "Eu fiquei meses pesquisando as melhores formas de ter uma cozinha e um local que não fizessem mal ao meio ambiente, que contribuíssem com projetos de sustentabilidade. Além do básico de não utilizar material de plástico, tratar a própria água etc. Nós não usamos gordura vegetal - que agride também a saúde do cliente, vendemos a louça quebrada com desenhos de lembrança ao invés de jogarmos fora, colocamos a casca da ostra no estacionamento ao invés de pedrinhas, e toda comida que sobra vai para um criadouro de porcos".

A louça quebrada é vendida na lojinha Tens Tempo Istepô, do restaurante, que fica do outro lado da rua. Só atenção: a vendinha fecha às 8pm

Na loja também tem doces típicos de Portugal, lembrancinhas e até as cachaças criadas pelo Jaime

Detalhes do interior da loja. Acima um Deus sendo servido de vinho, e abaixo uma homenagem aos funcionários do restaurante


Área externa da loja

Vamos falar sobre o que importa: comida!

Como entrada, o Ostradamus recomenda a Degustação de Ostras, que ultrapassa mais de 20 sabores, dentre estes, in natura, ao bafo, gratinada, vinagrete e as opções mais elaboradas com queijos selecionados e outras mais exóticas.


Pérola Negra

Grana Padano

Do Mecânico

Das Antigas

Porto Solis

Gratinada

Ceviche de Ostras

Alho e Óleo


O maior sucesso do lugar, obviamente, é a ostra, que é tratada com a importância que merece na fazenda de frutos do mar própria do restaurante. De lá, ela vai para um depurador feito com a ajuda de um biólogo. "Tive a ideia de colocar um depurador para as ostras no restaurante depois de conversar com um cliente em São Paulo, ele disse que havia visto o depurador na Nova Zelândia. O sistema que ele utiliza para filtrar a água salgada é simples, mas dá trabalho de manter, e o custo de manutenção é alto. Porém, o que mais importa é que ninguém nunca comeu ostra aqui e passou mal. O nosso controle sobre o que o cliente está ingerindo é absoluto".

Ostras no depurador

Pratos mais vendidos:

Arrombassi Istepô - Os nomes criados por Jaime para os pratos são uma brincadeira com o dialeto local

Sinfonia dos Náufragos. Os pratos exóticos também são ideias do próprio Jaime, que se vira - e muito bem, mesmo sem um diploma de gastronomia 

Temperatura do polvo sendo medida. O ponto deve ser exato

Polvo da Andréia

Polvo alho e olho

Lula

Siri mole

Camarão Pistolado ao Bafo

Camarão Alho e Óleo

Batata crocante

Pastel de Camarão

Tortinha de ostra

Tradicional pirão

Prato infantil, Dedinho do Nemo

As cachaças produzidas pelo próprio Jaime desde 2006 também são famosas no restaurante.





"O sucesso de um restaurante é isso, é uma junção de pequenos prazeres que os próprios clientes proporcionam ao chef. Tem gente que vem de carro de Curitiba só para almoçar aqui e depois voltar para casa. A melhor terapia para mim é abrir as portas do restaurante todos os dias", afirma Jaime.

Horário de funcionamento: De terça a sábado, das 11h30 às 23h. Domingo, das 12h às 18h.
Telefone: 048 3337-5711

quarta-feira, novembro 12

Ostradamus #1

"A simples pergunta: 'a comida estava boa?', vindo do chef, já surpreende o cliente. E isso é fazer a diferença, é estudar o paladar dos fregueses para poder agradar", afirma Jaime José de Barcelos, dono, chef e idealizador do famoso Ostradamus, restaurante especializado em frutos do mar, localizado no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, em atividade desde 1998. "São gestos pequenos que fazem a diferença: oferecer um café após a refeição, sempre investir em novidades, cozinhar com paixão... E se a pessoa não gostou do prato, ela me chama, a gente conversa, ela não paga e volta outra vez para ver se está melhor".

Quem tem coragem de dizer que não gostou do prato?

Até a salada parece apetitosa! ♥

As mesas do restaurante levam o cliente até o mar

Nativo do Ribeirão, Jaime começou a vida com uma oficina mecânica de automóveis na região. Em 1997, depois de muitos anos na sujeira e no stress do local de trabalho, resolveu que ficaria seis meses vivendo apenas da pesca. "A ideia maluca me veio porque minha família é muito próxima do mar. Minha mãe e minha avó sempre cozinharam muitos frutos do mar devido à localização, e meu irmão mais velho pescava bastante", explica. Quando Jaime voltou da pesca, transformou a oficina em lanchonete, oferecendo sorvetes, caldo de cana, água de coco e cachorro quente. "A região carecia desse tipo de negócio", lembra. Daí foi um pulo para a abertura do Ostradamus. "Eu percebi que os turistas vinham de dezembro até o final de fevereiro, e depois ficava tudo absolutamente vazio. Eu quis investir nisso, eu quis chamar a atenção para essa parte da cidade".

Mensagem fica logo acima dos pedidos na cozinha, para não esquecer!

"Até hoje eu moro na esquina do restaurante, mas antigamente o lugar ficava literalmente ao lado de nossa cozinha, tudo era preparado ali com nossa própria louça. E mesmo sem cardápio servimos muitas ostras assim que abrimos o restaurante. Acredito que o sucesso foi uma conseqüência da nossa boa intenção, do nosso esforço e da confiança garantida pela clientela. Eu estava disposto a aceitar o desafio de abrir o negócio e ir até o fim. A maioria dos estabelecimentos perde a essência depois de anos. Nós não perdemos nossa característica, nossa identidade regionalista em momento algum", garante.

Na entrada do restaurante tem algumas amiguinhas para receber as visitas

O ambiente é cheio de referências "manezinhas da ilha", como tarrafas, figuras folclóricas e redes para cultivo de marisco



"O legal do processo todo é que foi feito sem pretensão alguma. Eu fui seguindo meu instinto o tempo inteiro", afirma Jaime. Ocorreram muitas mudanças no restaurante durante os 16 anos de atividade, mas algumas ideias não foram deixadas de lado, como o conhecimento sobre frutos do mar e a roupa de marinheiro dos garçons, a permanência dos cozinheiros mais antigos e a tradicional indicação boca-a-boca. "O primeiro almoço que servimos de fato foi no dia 17 de outubro de 1998, o restaurante tinha dez mesas de plástico, e o movimento foi bom de imediato", lembra.

Garçons vestidos de marinheiro são tradição do Ostradamus

Querendo melhorar sempre, todos os dias Jaime recebeu críticas e elogios, o que o levou a viajar frequentemente para descobrir novos paladares, novas tendências, técnicas de cozinha e pratos elaborados. "Apesar de viajar bastante, minhas grandes inspirações e referências são chefs locais como Sônia Jendiroba, Zeca D'Acâmpora e Jonas Pacheco".

Foi após muitas viagens e muitas pesquisas que Jaime começou a cultivar ostras. "Nessa altura eu já tinha a mecânica como hobby, o que eu queria mesmo era a especialização em ostras, que são ótimas nessa região do Ribeirão".

Horário de funcionamento: De terça a sábado, das 11h30 às 23h. Domingo, das 12h às 18h.
Telefone: 048 3337-5711

O restaurante também é muito famoso pela carta de vinhos, "cada comida pede um tipo diferente da bebida, por isso nossa variedade é bem grande", explica Jaime

Fachada do restaurante